sábado, 7 de fevereiro de 2015

Carta eletrônica.

Sei que não gosta de sentimentalismo barato ( imagino que não ), mas senti uma enorme vontade de te escrever, de falar sobre como vejo nossa relação. 

Desde o primeiro mês que trocamos informações sobre nós, percebi a forma melancólica que passa os dias e me identifiquei, criei então um tipo de sentimento gratuito por sua forma de existir no meio de tanto caos. Tentei mesmo que sem você perceber expandir mais profundamente nossa relação, nós nos tornamos intimas e tínhamos tanto em comum, temos.

Completávamos, quero dizer, nossas frases e poesias, seguíamos a mesma linha de pensamento em relação a tantas coisas.

E de uma forma gradual o afeto foi crescendo, de minha parte.

Quando me contou sobre a doença que tinha, senti como se algo bem grande em mim pudesse ser perdido, tentei não mostrar o quão preocupada estava, de certa forma para não mostrar  a fragilidade que reside em mim.

Lembro que passamos umas semanas sem nós falar, tentei não perturba-la, ainda tento não fazer tal coisa.

Quero te contar, irei agora, de como quando estou perdida e fragilizada você me dá forças, mesmo com poucas palavras, elas são intensas e passam a sensação de ainda há um fio de esperança, percebo que não estou só, e isso fortalece e me faz te admirar.
Sempre te vejo, como um ser destemido, que por mais profundo que esteja consegue emergir para superfície. E realmente isso é algo admirável. Eu te admiro muito, gosto de como as coisas refletem em você. ( E isso foi repetitivo ‘ eu te admiro’ )

Mas... bem, te quero muito bem.