terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Vazio

 E  dois meses se passaram, depois de sua chegada destrutiva e passada momentânea.
 Dois meses de pura espera... 
Não há nada mais melancólico que essa paixão platônica em minha vida, ela me fez encher os copos novamente, esvaziar meu pulmão de vida e enche-los com fumaça. 
Ainda o reflexo dos seus olhos nos meus, ficam pairando sobre minhas memorias, mas a fumaça do cigarro esta afastando estas lembranças. 
Não há nada pior que uma noite no vazio que se chama estar só. 

[ Andréia Freire ]

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Brisa de amor passageira

E eu aguentei firme, por mim e por ele. Segurei minha própria mão e a dele, o ergui e o cuidei até o ultimo momento. Senti-me a mais trouxa das trouxas, mas o fiz. Não era de minha índole o abandonar naquele momento. Ele estava tão sofrido, tão sofrido quanto eu estava, cada palavra dele me feria profundamente, mas eu o abracei com todo meu carinho, usei todas minha palavras. E por fim fiquei só, com o silêncio de quem deu-se por inteira e foi somente brisa de amor passageira.


Andréia Freire.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Poesia: Desmazelo - Andréia Freire

Bebeu sua  dose  matinal de whisky
Calçou suas sapatilhas vermelhas,
E caminhou até antiga praça da cidade
A praça hoje já abandonada, combinava com ela.
Sentou em um pequeno balanço,
Ficou espremida entre as duas correntes
E aquilo combinou com seu coração.
Seus pequenos pés alcançavam agora alcançavam o chão
Balançou-se com pouca velocidade
Não gostava de grandes alturas, tinha medo da queda.
O ranger das correntes de ferro a fizeram sentir-se desconfortável
Naquela noite ela procurava apenas o silêncio.
Sentou-se em um banco de cimento
Gelado igual suas mãos.
Ficou observando como a lua parecia distante
Lembrou-se do seu ultimo encontro com Leopoldo
Sentia-o distante, talvez mais distante que a lua estava dela.
Era pequena perto do que sentia, mas era grande demais para admitir

Não queria perde-lo, mas não iria insistir.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Poesia: Mal me quis / Escrita por: Andréia Freire

Mal me quis,
Logo me perdeu.
Hoje entristece-me
Olhar o céu que era tão seu,
Mas agiste
Com tanto egoísmo
Que nem mesmo em um mínimo
Instante penso em ti com carinho
Sei que choras baixinho
Perto de sua cama
E que nem mesmo a chama acessa da sua lareira
Ira te aquecer.


  Mal me quis – Andréia Freire  [ Andy ]