domingo, 21 de dezembro de 2014

Poesia: Desmazelo - Andréia Freire

Bebeu sua  dose  matinal de whisky
Calçou suas sapatilhas vermelhas,
E caminhou até antiga praça da cidade
A praça hoje já abandonada, combinava com ela.
Sentou em um pequeno balanço,
Ficou espremida entre as duas correntes
E aquilo combinou com seu coração.
Seus pequenos pés alcançavam agora alcançavam o chão
Balançou-se com pouca velocidade
Não gostava de grandes alturas, tinha medo da queda.
O ranger das correntes de ferro a fizeram sentir-se desconfortável
Naquela noite ela procurava apenas o silêncio.
Sentou-se em um banco de cimento
Gelado igual suas mãos.
Ficou observando como a lua parecia distante
Lembrou-se do seu ultimo encontro com Leopoldo
Sentia-o distante, talvez mais distante que a lua estava dela.
Era pequena perto do que sentia, mas era grande demais para admitir

Não queria perde-lo, mas não iria insistir.


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